segunda-feira, 4 de julho de 2016

Meditação/Nadia Malta/O QUE VOCÊ FAZ AQUI?

O QUE VOCÊ FAZ AQUI?

O Senhor lhe disse: "Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar". Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave. Quando Elias ouviu, puxou a capa para cobrir o rosto, saiu e ficou à entrada da caverna. E uma voz lhe perguntou: "O que você está fazendo aqui, Elias?”. 1 Reis 19.11-13.

                                                                                           


A experiência do profeta Elias é impactante sob todos os aspectos. Depois de ser alimentado pelo Senhor com água e pão cozido na pedra (logo aqui encontramos toda uma alegoria que remete ao Cristo), o profeta descansou e seguiu viagem na direção do Monte de Deus. Contudo, havia um pesar no coração do profeta e ele apresenta sua queixa diante do Senhor: "Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a tua aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me". Só faltou ele dizer: “E o Senhor não faz nada!”. Ele repete esta queixa duas vezes. Quando Tiago menciona a semelhança de Elias conosco, o fato de estar ele sujeito às mesmas fraquezas, talvez estivesse falando dessa inclinação para a autopiedade, para o “vitimismo”, quem sabe?

O Senhor confronta seu profeta com uma pergunta retórica que também é feita duas vezes: "O que você está fazendo aqui, Elias?”. Elias parecia não prestar atenção a pergunta e só enxerga a queixa. Sentia pena de si mesmo pela situação vigente. Talvez se o Senhor o socorresse de imediato essa inclinação do profeta se perpetuaria. Não cabe “vitimistas” na obra do Senhor. Enfrentamos lutas sim, e certamente passaremos por outras tantas, mas Ele sabe com o que nos habilitou para esses embates. Tão somente confiemos!

Quando Elias achava ter chegado ao fim da linha, o Senhor preparou uma experiência arrebatadora e mais um comissionamento. Enquanto o servo estiver vivo sobre a terra há algo a ser feito por ele. Olhar para si mesmo com autopiedade é estratégia do adversário para nos tirar de combate. Cabe a nós acordar para esta realidade e afugentar o inimigo das nossas almas.


O ministério de Elias foi frutífero e ousado. Ele era profundamente incômodo para as forças do mal e seus instrumentos. O adversário que não brinca em serviço estava à espreita para nocautear aquele vaso escolhido. O Senhor manifesta-se a Elias, não no forte vento, nem no terremoto, nem no fogo, mas numa brisa suave. Elias, o profeta de fogo estava acostumado a grandes portentos. Não podemos enformar o Senhor nas formas que conhecemos. Ele em sua soberania se manifesta como lhe apraz. O Servo só precisa aprender a seguir o curso da sua jornada e prestar atenção aos agires surpreendentes do Senhor, sem a pretensão de criar normas para Deus. Creio que Elias aprendeu a lição. Espero que nós também! O que fazemos aqui? Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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