sábado, 11 de fevereiro de 2017

Meditação/Nadia Malta/ELE SABE O QUE O NOSSO OLHAR DIZ!

ELE SABE O QUE O NOSSO OLHAR DIZ!

Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: "Não chore". Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu lhe digo, levante-se! "Ele se levantou, sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou à sua mãe”. Lucas 7.13-15.

                                                                                             


Sem dúvida nenhuma este é um dos encontros mais tocantes de Jesus, pelo menos para mim. Não vemos aqui nenhum pedido formal de oração, nem da pessoa em questão, nem de outras pedindo por ela. A única coisa que há aqui é o olhar em lágrimas de uma mãe que perdera seu único filho. Não pode haver dor maior que esta, pois mesmo que se tenham muitos filhos, cada filho é único e insubstituível. Este encontro me faz lembrar uma canção popular, cuja letra tem um verso lindo, que gostaria de parafrasear: “Como não sei orar, só queria mostrar meu olhar, meu olhar, meu olhar!”. Sim, fazendo uso da licença poética, troquei o rezar pelo orar, por razões obvias.

Nesses dias li uma dessas frases publicadas na internet que nunca sabemos ao certo a autoria que diz assim: “Aprender a ler o que um olhar diz é alfabetizar os sentimentos!”. Jesus amado, que coisa mais linda! E ninguém sabia ler a profundidade de um olhar mais ou melhor que o nosso querido Mestre! Como precisamos ser alfabetizados em relação ao que não é dito por palavras, mas exaustivamente mostrado pelo olhar súplice! Muitas vezes antes dos relacionamentos se partirem, por exemplo, as palavras parecem que vão sendo lançadas ao vento! Parece que pouca ou nenhuma atenção é dada ao que se é dito tantas vezes. É quando o silêncio da voz chega que o olhar começa a gritar, mas quem está apto para decodificar essa linguagem tão delicada e sofisticada?

Jesus acabara de curar à distancia o servo de um centurião. A multidão exultava pelo ocorrido e de repente ele encontra outra multidão, dessa vez tendo a tristeza como estandarte. E sua porta-bandeira era a própria tristeza encarnada! Era aquela mãe cuja dor transcendia o limite das palavras, aliás, já não havia palavras que pudesse traduzir aquele sofrimento, mas ainda restava o que olhar marejado de lágrimas tinha a dizer. Aquele olhar falava da dor mais terrível que uma mulher pode experimentar: A perda de um filho! O Senhor se compadece dela, lhe ordena que faça cessar o choro. Manda parar o esquife e diz ao que estivera morto para levantar-se e o entrega vivo a sua mãe! Aleluia!


Quando todas as possibilidades humanas cessam, hora de entrar em cena as infinitas possibilidades de Deus! “Na presença do Senhor há plenitude de alegria e delicias perpetuamente”. Todo pranto cessa! Toda tristeza se esvai e tudo se faz novo. Muitas vezes em nossa verborragia diante do Senhor nos momentos de oração, não conseguimos expressar ou encontrar palavras que traduzam o que verdadeiramente sentimos! É quando precisamos nos calar e simplesmente chorar mostrando a Ele o nosso olhar! Ele sabe o que não conseguimos dizer com palavras! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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