domingo, 7 de fevereiro de 2016

Meditação/Nadia Malta/SENHOR, NÃO TE IMPORTA QUE PEREÇAMOS?

SENHOR, NÃO TE IMPORTA QUE PEREÇAMOS?

                                                                                               

Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem”. Marcos 4.35.

                                                                                    


Quantas vezes intimamente já não fizemos a pergunta-título? As tempestades dos últimos tempos são muitas e nos parecem devastadoras. Às vezes nos sentimos desabrigados, desamparados, sozinhos no meio do temporal, prestes a perecer. Como diz a letra do velho hino: “As ondas nos dão pavor!”. E Jesus parece calmamente dormir no fundo dos nossos barcos como se não se importasse com a nossa aflição!

Na verdade, a nossa humanidade nessas horas parece sofrer de amnésia e não consegue lembrar as vezes sem conta em que Ele surgiu no meio dos nossos temporais e ordenou as ondas e aos ventos que se acalmassem! Quando estamos de fora das dificuldades tendemos a criticar os que duvidaram, os que se inquietaram. Neste episódio, por exemplo, os discípulos haviam recebido uma convocação do Mestre para atravessarem o Lago de Quinerete ou Tiberíades, também chamado de Mar da Galileia. Jesus não os estava chamado para um passeio turístico, o Senhor na verdade queria ministrar uma das mais preciosas lições daquilo que eles enfrentariam na vida prática. É a Pedagogia da Tempestade.

Por que Jesus escolheu exatamente aquele lago tão sujeito às tempestades de vento vindas dos montes ao seu redor? Arrisco uma resposta: Exatamente por isto! Seguir a Cristo não nos isenta de atravessar mares bravios com ventos impetuosos e ondas assustadoras. Muito pelo contrário, a certeza de Jesus no barco é que faz a diferença para nós. Fazer a travessia na certeza de que ele está conosco faz toda a diferença. Só não podemos nos esquecer disto!

 Lembro-me de minha mãe outra vez. Ela costumava dizer: “Quero ver o bom, no ruim!”. Ou seja, quando tudo nos vai bem destilamos uma teologia apenas teórica, não experiencial. Mas é exatamente quando os ventos sopram com fúria e as ondas se levantam assustadoras que descobrimos aquilo que introjetamos em termos de aprendizado teológico. Jesus nos quer na outra margem. Precisamos atravessar o lago da superficialidade espiritual mesmo que isto nos custe enfrentar ondas e ventos. O aparente sono de Jesus não significa inação, mas observação do quanto já aprendemos dele. E quanto as ondas e os ventos? Aquietemo-nos, eles obedecem ao Senhor! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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