terça-feira, 1 de setembro de 2015

Meditação/Nadia Malta/AFINAL, DEUS SE ARREPENDE OU NÃO?

AFINAL, DEUS SE ARREPENDE OU NÃO?

 “Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor. Chegou esta notícia ao rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza. E fez-se proclamar e divulgar em Nínive: Por mandado do rei e seus grandes, nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem os levem ao pasto, nem bebam água; mas sejam cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamarão fortemente a Deus; e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos. Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos? Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez”. Jonas 3:1-10.

                                                                   


Meditemos um pouco sobre os agires soberanos de Deus! O Profeta depois de sair das profundezas do mar e das entranhas do grande peixe, volta ao caminho e ao centro da vontade soberana de Deus. Ele vai até a grande cidade de Nínive e mesmo a contra gosto faz o que o Senhor havia ordenado. O livro de Jonas nos faz parar para pensar sobre as nossas posturas em relação aos pecadores. É preocupante ver como agem muitos servos do Senhor que receberam tanto dele. Queremos graça para nós e justiça para os pecadores à nossa volta. Fazemos longas orações imprecatórias pedindo que o Senhor desça fogo do céu e consuma nossos inimigos. Esquecemos que eles não sabem discernir a mão direita da mão esquerda como os habitantes de Nínive dos dias do profeta Jonas. Jesus diz: “Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas, e agora está aqui o que é maior do que Jonas”. Ao Senhor pertence a vingança, não a nós. “A ira do homem não produz a justiça de Deus!”. Deus espera que recobremos a consciência cumpramos as suas ordens. Mesmo apesar da má vontade de Jonas a pregação foi o que poderíamos chamar de um sucesso. Todos se arrependeram do maior ao menor e mudaram a rota da vida. A Palavra do Senhor cumpre o propósito para o qual foi designada. O livro profético de Jonas tem muito a nos ensinar sobre os agires soberanos do nosso Deus. Na vida de um servo de Deus até quando tudo dá errado, dá certo do ponto de vista de Deus. Jonas odiava os ninivitas, não queria ser um instrumento de salvação para eles, tentou fugir de Deus e de sua ordem, mas ao voltar a fazer a vontade do Senhor é surpreendido com a mudança no coração daquele povo. Não era bem isto que Jonas tinha em mente, é possível que ele ao anunciar a mensagem de juízo quisesse que eles continuassem em sua malignidade para ver o julgamento de Deus descer pesado sobre eles. Mas não foi isso que aconteceu. Houve arrependimento e mudança de rota, pelo menos nos dias de Jonas. As coisas nunca são do jeito que queremos, mas do jeito de Deus. Ele é soberano e faz como quer. “Agindo Deus, quem impedirá?”.

Deus retém a punição quando o homem rebelde ouve a sua voz e o obedece. Como, então, entender o contexto de Números 23.19 na perspectiva deste episódio? O texto diz: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?”. A situação dos ninivitas traz à lume a antiga indagação: Afinal, Deus se arrepende ou não? A resposta é: Sim e Não! O arrependimento dele diz respeito a reter a punição decretada caso o homem rebelde ouça a sua voz e mude a conduta obstinada e contumaz.  Foi o que aconteceu com os ninivitas dos dias de Jonas. Contudo, o Senhor não se arrepende de suas ordenanças, leis, mandamentos e decretos, como também de suas promessas feitas aos seus.

Tudo que temos a fazer é ouvir e obedecer a sua voz, o mais Ele fará! Quem somos nós para discutirmos com o Senhor? Ordem de Deus, escolha de Deus é inegociável! Por que os Ninivitas, sendo tão malignos? Por que não os Ninivitas? “Onde abundou o pecado, superabundou a graça!”.  Ninivitas arrependidos, condenação suspensa! Graça derramada! Sejamos graciosos com os “Ninivitas” à nossa volta! Depois de Jonas se irar mais uma vez por causa da misericórdia de Deus derramada sobre os ninivitas ele vai se refugiar fora da cidade amuado debaixo de um abrigo feito por ele. Deus em sua graça faz nascer um arbusto para dar-lhe sombra. Ao final do livro diz que ele ficou ali para ver o que aconteceria a cidade. O profeta se alegrou muito por causa da planta. Contudo, o Senhor enviou um verme que devorou a planta e esta secou. Jonas muito se indignou e desejou para si a morte. O livro termina em aberto com uma pergunta retórica que ecoa até os nossos dias: “Mas o Senhor lhe disse: "Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?". Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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