domingo, 28 de junho de 2015

Meditação/Nadia Malta/PERDÃO NÃO É SENTIMENTO, MAS UM ATO DE OBEDIÊNCIA!

PERDÃO NÃO É SENTIMENTO, MAS UM ATO DE OBEDIÊNCIA!

“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?  Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Mateus 18.21, 22.

                                                                 


O exercício do perdão ilimitado não é um sentimento, mas um ato de obediência que gera libertação e cura. O texto citado vai até o versículo trinta e cinco. É interessante lê-lo todo! Quantas vezes se deveria perdoar um irmão ou alguém culpado? A pergunta de Pedro revelou um grave erro a respeito da questão complicada do perdão: “ele sugeriu limites e medidas para o exercício do perdão, movido por um coração orgulhoso e pretensioso”. Enquanto os rabinos costumavam perdoar três vezes, Pedro se achando muito compassivo propõe que se perdoe sete vezes.

Pedro deve ter se surpreendido com a resposta de Jesus: “não sete, mas setenta vezes sete= 490 vezes”. Aquilo era demais! "Quem poderia manter o registro de tantas ofensas? Quando tivermos perdoado tantas vezes, certamente teremos criado o hábito de perdoar!". Era exatamente isto que o Senhor queria que Pedro entendesse. “O amor não se ressente do mal”, ou seja, onde há o amor de Deus operando, não há limites ou medidas. Aqui está a ideia central deste texto: exercitar incondicionalmente o perdão para com os que nos ofenderam, sem limites. Quando não perdoamos, encarceramos a nós mesmos. O maior beneficiado com o perdão experimenta aquele que perdoa. Possivelmente, a área de maior vulnerabilidade em nossa vida, é a área delicada dos relacionamentos. Temos nos ferido e melindrado com muita facilidade e isso tem gerado litígios irremediáveis dentro e fora da igreja. O perdão no coração do cristão está sempre ligado a fé e ao amor incondicional derramado por Deus em nós. O perdão é também credencial de novo nascimento.

Perdoar não é opção para nós, é ordenança de Deus, portanto, é inegociável. Perdoar também não é fácil por causa da concepção mundana e humanista que temos a cerca do perdão, geralmente baseada em obras meritórias. Contudo, quando nos deixamos instruir pela Palavra de Deus e obedecemos a sua ordenança de perdoar criamos uma realidade espiritual. O perdão passa a existir de fato e somos libertos e fortalecidos. Isso não só como igreja, mas individualmente, repito. A parábola trazida por Jesus para ilustrar essa verdade, trata do perdão entre SEMELHANTES, não entre os pecadores e Deus. A grande ênfase aqui é sobre pecadores perdoados perdoando pecadores. Exercitamos o perdão na igreja para aplicá-lo lá fora. A grande escola do perdão é a igreja visível. É a grande sala de aula de Deus. Ali aprendemos a suportar uns aos outros no temor do Senhor. A base para o exercício desse perdão aqui descrito é o amor/ágape também traduzido por caridade. Não a caridade superficial de doar coisas, mas a maior das caridades de doar-se a si mesmo, até com prejuízo próprio.

Somos todos devedores de Deus perdoados por ele. Em nós não há nenhuma obra meritória que nos possibilite receber sequer um olhar de Deus. O que recebemos, o fazemos por sua infinita e maravilhosa graça.  A misericórdia de Dele é a causa de não sermos consumidos. Deus nos perdoou para que nos tornássemos perdoadores. O perdão é exercitado na igreja entre os santos para ser aplicado dentro e fora dela. Quando nos fechamos e não perdoamos, nos tornamos prisioneiros e reféns de nosso ORGULHO, egoísmo e perversidade. Perdão não é opção, é obrigação de crente fiel. Não é um sentimento é ordenança de Deus e é exercitado pela fé. Deus deseja e nos ordena que sejamos perdoadores e que tenhamos autoridade sobre os verdugos que tentam nos assolar. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


Nenhum comentário:

Você poderá gostar também de...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...