domingo, 1 de março de 2015

Meditação/Nadia Malta/OS FILHOS CRESCEM, CASAM, SE MUDAM, E AGORA?

OS FILHOS CRESCEM, CASAM, SE MUDAM, E AGORA?



Outro dia a Revista Pais e Filhos publicou um artigo muito interessante, e pra variar não me lembro do seu autor, erro imperdoável, intitulado: “O que você vai ser quando o seu filho crescer?”. O título chamou a minha atenção, pois chega um momento em nossa vida, no qual, como pais e mães precisamos responder a essa pergunta. Chega a hora de nos reinventar de tomar novos rumos, abraçar novos projetos, de aproveitar a maturidade e de fazer o que até então não pudemos. É a nossa hora!
O cuidado com eles agora é outro, é na retaguarda, sem a responsabilidade de prover. Eles andam com as próprias pernas e voam com suas próprias asas. Crescem rápido demais, tudo acontece num abrir e fechar de olhos. Ainda outro dia estávamos às voltas com mamadeiras, lições de escola, sarampos, cataporas e joelhos machucados. E de repente aquelas pequenas águias crescem e alçam vôo, deixando o ninho vazio até que retornam carregando suas próprias águias. A vida é assim pelos séculos dos séculos. Por que fazemos tanto drama de algo tão simples? Deixemos que voem as nossas águias! Graças a Deus podem voar!
E agora o que fazer diante da realidade? Uma só coisa: Seguir a vida sem drama, aliás, detesto drama, sobretudo, as tempestades em copos d’água que muitos fazem pra chamar a atenção. Tudo isso faz parte do curso natural, só precisamos de um pouco de tempo para convencer a nossa emoção da naturalidade deste momento, depois de algumas lágrimas inevitáveis choradas à sós, tudo se acomoda e segue seu curso natural. Não tem grandes explicações! Como diria Chicó, personagem de Ariano Suassuna no Auto da Compadecida: “Só sei que é assim!”.  O melhor de tudo é que contamos com a assistência infalível do companheiro inseparável de todas as horas: O Consolador Amado, o Espírito Santo de Deus! Graças a Ele sobrevivemos sem marcas.
Como cristã aprendi que os filhos são heranças benditas do Senhor. Eles não são nossos, apenas nos foram emprestados por breve tempo para que cuidemos deles e os preparemos para a vida e a piedade. No dizer do Rev. João Campos de saudosa memória: “Filhos são almas eternas que o Senhor nos confia para conduzirmos à eternidade!”. Essa é a nossa missão como pais. A minha está cumprida pela misericórdia, apesar de mim para a glória de Deus!
Os meus filhos cresceram, casaram, se mudaram! O menino se fez homem alçou vôo primeiro, se tornou profissional, marido, pai. Saiu do ninho, as asas cresceram e ele se foi. Voltou multiplicado e colocou em meus braços duas preciosidades, dois netos tão queridos. Depois foi a vez da menina. Ela cresceu (em estatura, nem tanto) e também alçou seu vôo.  De repente a menina deu lugar a uma grande e linda mulher.  Agora esposa, dona de casa, profissional e inevitavelmente será mãe. Ambos íntegros! Ah, ainda ganhei de presente por meio deles mais dois filhos de papel passado meu genro-filho e minha nora-filha. E aqueles bebês que um dia embalei já não são mais bebês. Aí nos perguntamos: “Onde eu estava que não percebi que cresceram? Fiz-me esta pergunta duas vezes! É, as coisas mudam, os ciclos se completam, as mudanças assustam, mas são inevitáveis e necessárias. Significa que graças a Deus não estagnamos, mas, seguimos, fluímos, crescemos também. O que vou ser agora? Respondendo a pergunta do artigo da Revista Pais e Filhos: Vou viver o hoje, o agora de Deus. O ontem já passou e o amanhã nem chegou ainda. Cada dia tem o seu encanto, a sua exigência, a sua demanda. Olhemos para este agora!
Precisamos em sabedoria deixar que cresçam e aprendam com suas próprias experiências sem interferir. Conselhos, só se forem pedidos. Chegou a hora de ver na prática o que ensinamos. Só posso dizer: “Obrigada Deus, valeu a pena, valeu muito a pena criá-los e vê-los crescer, amadurecer e alçar vôo!”. Sigam seus rumos meus filhos e sempre que precisarem o ninho estará sempre disponível. E em suas próprias jornadas não esqueçam da lição preciosa do apóstolo Paulo praticada por nós: “Os pais entesouram para os filhos, não os filhos para os pais!”. Portanto, entesourem não apenas o material, mas a fé que aprenderam desde a infância e o testemunho alicerçado sobre a Rocha eterna que é o Cristo!  Vocês são grandes presentes de Deus que têm tornado a nossa vida sobre a terra menos árida. Que Deus os abençoe, sempre! Amo vocês! Nadia Malta


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