segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Meditação/Nadia Malta/É QUANDO OS NOSSOS OLHOS PODEM VÊ-LO!

É QUANDO OS NOSSOS OLHOS PODEM VÊ-LO! 

Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza”. Jó 42.5,6. 



O velho sofredor faz aqui uma das maiores confissões de fé encontradas na Bíblia Sagrada. Mesmo sendo um homem justo, de quem o próprio Deus dá testemunho, “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal”, experimentou o sofrimento no grau mais intenso que um ser humano pode experimentar. Jó teve sua vida assolada por todos os flagelos que mais temia: perda de filhos, perda da saúde e dos bens. Seu despojo foi a própria vida! Mesmo sendo tão dedicado a Deus, ainda assim, seu conhecimento acerca do Senhor, era como ele mesmo diz, “só de ouvir falar!”. Agora, depois de toda adversidade que se lhe abateu os olhos do velho sofredor são desvendados e contemplam o Senhor. E é o conhecimento experiencial de Deus que avulta o nosso próprio estado de miséria e por perceber isto, Jó se abomina e se arrepende no pó e na cinza. É a santidade de Deus que avulta a nossa pecaminosidade! As nossas melhores obras de justiça são como trapos de imundícia. Conheço muitos servos sofredores. Alguns até se identificam com o velho e persistente sofredor, mas não conheço nenhum, cuja experiência, sequer se aproxime dessa tão dolorosamente ímpar. A experiência de sofrimento aqui, me dá a impressão que não teve o propósito de mostrar para Deus o quanto Jó lhe era fiel, mas de mostrar ao próprio Jó, a fidelidade de Deus para com ele e o quanto Ele poderia sustentá-lo no meio daquele vale tão árido. É possível que nem mesmo Jó soubesse com todo o seu conhecimento acerca de Deus, o quanto já houvesse recebido Dele. Deus sempre nos surpreende! Quantas pessoas diante da possibilidade do sofrimento afirmam: “Se eu tiver que passar por isto, não vou aguentar!”. E são surpreendidas com um suprimento de força do Alto que jamais imaginariam! Às vezes acontece assim conosco, precisamos ir ao mais profundo abismo, quando o próprio chão nos é tirado e chegamos à última fronteira do suportar. E ali percebemos que Deus é tudo o que realmente temos. É só quando todas as possibilidades humanas cessam que os nossos olhos são capazes de contemplá-Lo verdadeiramente. Por mais que tentemos jamais vamos saber exaustivamente as razões do sofrimento humano, especialmente daqueles que são filhos de Deus. As conjecturas são muitas, uns pensam de um jeito outros de outro. E são muitos os “amigos de Jó” à nossa volta com suas respostas prontas e simplistas querendo aplicar a cada situação, sempre num tom acusatório. Mas de uma coisa temos absoluta certeza: O sofrimento é revelador! Na vida de um servo de Deus, dá autenticidade ao chamado. No meio das aflições só existem dois caminhos: Corre-se para Deus ou corre-se de Deus. Os verdadeiros filhos correm para Ele! Do mesmo jeito que dinheiro revela o caráter, o sofrimento revela a perseverança na fé. Que o Senhor nos fortaleça Nele e na força do seu poder para perseverarmos até o fim à despeito de tudo e de todos! Que os nossos olhos possam contemplá-Lo! Nadia Malta.

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