sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Artigo/Pra. Nadia Malta/PERDÃO OU SIMPLESMENTE DESCULPAS?

PERDÃO OU SIMPLESMENTE DESCULPAS?



Muitas vezes trocamos o pedido de perdão ou o ato de perdoar por um superficial pedido de desculpas. É como se quiséssemos tratar um câncer com band-aids. Quando pisamos os pés de alguém devemos pedir desculpas, mas quando pisamos corações e deixamos feridas profundas na alma, nos apressemos em pedir perdão para que a ferida não se torne crônica. Perdão não pode ser pedido de forma generalizada, no atacado,  com frases do tipo, me perdoe "se" eu lhe magoei. Ofendemos no varejo, ofensa tem nome e sobrenome e precisa ser pontuada em arrependimento sincero. Do mesmo modo quando somos ofendidos, não esperemos um pedido formal de perdão da parte do outro, pois nem sempre vem. Antes nos apressemos em liberar perdão para que o lixo não se acumule em nosso coração e nos contamine e envenene a alma.

O perdão do ponto de vista de Deus é inegociável.  O célebre “olho Por olho e dente por dente” não funciona como Lei do Reino. Antes somos instruídos a amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem. Espalhar brasas vivas sobre a cabeça dos nossos ofensores com atos concretos de amor, nos tornando benignos com os nossos perseguidores e se a nossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, não entraremos no reino dos céus diz o Senhor Jesus Cristo. Como fazer que a nossa alma orgulhosa se dobre a tão alta exigência? A resposta é uma só: Entendendo que perdão não é um sentimento, é ordenança de Deus e ordem de Deus deve ser obedecida e quando nos dispomos à obediência dando o passo de fé, liberando o perdão e abençoando em oração os ofensores uma realidade espiritual torna-se visível. É como um gotejar contínuo de água fresca numa terra desertificada.

Dependendo do grau da ofensa e de quem nos ofendeu, esse processo pode demorar muito tempo, mas é eficaz, funciona mesmo. O próprio tempo entra como fiel aliado nessa ação terapêutica. Quando descobrimos que perdoamos de fato? Quando a memória da dor é apagada e nos lembramos do fato sem sofrimento.

A Palavra de Deus é perfeita e o seu caminho é provado por isso sempre que nos dispomos a obedecê-la, somos contemplados por Ele. Quando perdoamos os nossos ofensores, por mais doloroso e demorado que seja o processo, é como se fossem retiradas comportas do rio da graça e as nossas bênçãos começam a fluir aos borbotões. Um coração ofendido é como uma porta trancada. Querer perdoar é um grande passo para libertação. Quem mais se beneficia com o perdão é quem perdoa. Por isso, nos apressemos em perdoar e em oração gotejemos perdão sobre os nossos ofensores e perseguidores até que a ofensa se esvaia.  Vamos indo e perdoando, dia após dia, até que do Alto sejamos renovados, restaurados e nossas cadeias sejam quebradas para a glória do Pai. Perdoar é preciso!

Nadia Malta

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