domingo, 29 de setembro de 2013

Artigo/Pra. Nadia Malta/COMO A OLIVEIRA VERDEJANTE!

COMO A OLIVEIRA VERDEJANTE!




Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?”. Esta pergunta do profeta Amós tem reverberado em meu coração a cada ano de caminhada juntos. Particularmente, ela pressupõe pacto, aliança, contrato, não apenas de um com o outro, mas de ambos com Deus. E esse pacto independe de concordâncias ou diferenças, acontece apesar de, não por causa de. Em tempos de relativismos, possivelmente o relacionamento que tem se tornado mais descartável é o conjugal. Ninguém quer investir em ninguém. É mais fácil descartar, jogar fora, partir pra outra como se costuma dizer.

Descobrimos que o relacionamento conjugal é o maior dos canteiros do fruto do Espírito. É nele que aprendemos a frutificar em situações adversas. Trinta e quatro anos andando juntos, esse tempo têm sido chamado de Bodas de Oliveira. Muito apropriado! Quando paramos para refletir um pouco sobre essa árvore milenar com suas simbologias profundas, percebemos então, a inter-relação inevitável com a união conjugal mais longeva.

A oliveira é uma das árvores-símbolo de Israel/Igreja. A oliveira nos ensina algumas lições preciosas. Primeira lição: Aprendemos com ela determinação, perseverança. Ela cresce em qualquer solo, em terreno fértil ou árido. Ela resiste às intempéries. No vale ou na montanha. Em trinta e quatro anos quantas mudanças no tempo, no solo e no cenário!

Segunda lição: As raízes da oliveira são profundíssimas e se ramificam em redes, podem chegar a mais de 2000 anos. Isso lhe dá sustentação independente do cenário ou do terreno. As raízes estão lá firmes pra segurar e dar suporte aconteça o que acontecer. Ah, se não fosse as raízes!

Terceira lição: A primeira colheita acontece no décimo quinto ano! A árvore está adulta, madura, bem firmada, pronta para produzir de maneira saudável. Faz sentido! No casamento é assim, só o tempo e a experiência nos darão respaldo para falar, calar, aconselhar, acolher, ajudar e, sobretudo, e especialmente em relação um ao outro. É aqui que começamos a deixar para trás as coisas da meninice e nos portamos de forma madura. Atentemos para isto!

Quarta lição: A oliveira é uma árvore completa, produz alimento, combustível, cura e remete à santidade. A união conjugal deve ser assim, frutífera, produtiva, cheia de combustível e separada exclusiva (santa). A cada ano o andar juntos deve prover para ambos os aliançados um ambiente satisfatório, sem as cobranças, as críticas ou as acusações da carnalidade egoísta. Pois, o tempo de frutificação chegou e não há mais lugar para as etapas anteriores. Sejamos frutíferos em todos os sentidos!

Quinta lição: A oliveira é resiliente. Costuma-se dizer que é impossível se destruir uma oliveira. Mesmo que ela seja cortada e queimada, ao cheiro das águas, novos ramos brotarão de suas raízes profundas. A raiz cumpre seu papel. Nada pode destruir algo radicado sobre a Rocha Eterna. No casamento é assim, resiliência é a palavra de ordem, sempre! Que possamos continuar juntos, como a oliveira verdejante. Assim desse jeito na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, na alegria e na tristeza, na fraqueza e na fortaleza, no verão e no inverno da vida, na montanha e no vale, nos desertos e nos mananciais, enquanto Deus for servido e nos conservar a ambos com vida sobre esta terra!
Pra. Nadia Malta



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