quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sermão/Pra. Nadia Malta/DEUS CONHECE A INTEIREZA DO NOSSO CORAÇÃO!

DEUS CONHECE A INTEIREZA DO NOSSO CORAÇÃO!
Lucas 18:9-14 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)


Objetivo: Advertir a igreja quanto a verdadeira postura espiritual que agrada ao Senhor.

Idéia Central do Texto:
O texto que lemos, embora esteja num contexto de oração, Jesus parece fazer uma pausa para apresentar a postura agradável a Deus. O texto foca em dois homens que entraram no templo a fim de orar: o fariseu (religioso) e o publicano (pecador). Se observarmos bem, veremos que aqueles dois homens são figuras representativas de dois tipos de posturas espirituais no meio da igreja em todos os tempos.

Quando olhamos cuidadosamente para os evangelhos, descobrimos que as pessoas que receberam as mais duras palavras de reprovação por parte de Jesus, não foram os pecadores confessos, mas os religiosos empedernidos. Os apontadores de erros alheios, os que se achavam muito justos e muito piedosos, esses foram chamados de sepulcros caiados, pois apenas ostentavam uma aparência exterior de pureza, mas por dentro eram só podridão. Jesus certa vez falou que os fariseus rodeavam o mar e a terra para fazer um prosélito e depois o tornava duas vezes mais filho do inferno que eles próprios. Mt. 23. Segundo Russell Shedd os fariseus e mestres da Lei pulverizaram a Lei de Deus com 613 regras; 248 mandamentos; 365 proibições, tudo isto escorado em 1521 emendas.

Estamos em tempo de passar a limpo a nossa própria caminhada como filhos de Deus, por isso, gostaria de convidá-los a meditar um pouco sobre a  nossa postura e responsabilidade tanto como igreja, quanto individualmente como crentes professos. Será que temos compreendido que tudo que alcançamos do Senhor até hoje foi por pura graça dele e não por obras meritórias nossas?

Introdução:
Confesso que as palavras de alguns autores como: Eugene Peterson, Phillip Yancey e Brennan Manning tocam profundamente o meu coração e de certa maneira, eles  me dizem que não estou ficando maluca em minhas percepções. Eles fazem uma análise profundamente realista e de certa forma contundente da igreja contemporânea. Especialmente dos fariseus modernos, que não entendem nada da graça salvadora de Deus.

Descobrimos que Jesus durante os seus dias de caminhada sobre a terra já havia falado sobre este assunto. Ele não veio para os que se consideram sãos, justos e perfeitos por suas próprias obras, mas para os doentes, os coxos, os cegos, os leprosos, os desgarrados, os rejeitados, os deformados e endemoninhados de todos os tempos. Ele não veio para os sãos, mas para os doentes.

O TEXTO LIDO NOS APRESENTA DOIS PERSONAGENS, QUE REPRESENTAM DUAS POSTURAS ESPIRITUAIS. COM QUAL DOS DOIS NOS IDENTIFICAMOS?
  1. O Fariseu, um religioso de exterioridade e enganado acerca de si mesmo  – VS. 9-12:
  • Ao longo do seu ministério público, Jesus condenou a hipocrisia, o autoengano, e a religiosidade de fachada dos fariseus. Ele jamais perdeu uma oportunidade de confrontá-los. O Senhor os descreveu como:guias cegos, serpentes, sepulcros caiados, raça de víboras e hipócritas”. Duras palavras para os que se acham puros e justos espiritualmente! O mais triste com relação a esses fariseus equivocados, é que se achavam certos e Jesus errado. É exatamente assim que agem os fariseus contemporâneos: cheios de regras a impor. Engajados em ministérios que lhes podem dar notoriedade.  Aquele fariseu estava enganado a respeito da oração, pois orava de si para si mesmo, dizendo a Deus e aos que estavam à sua volta como ele era bom, justo e espiritual. Muitos têm essa postura para angariar notoriedade espiritual. Ele usava a oração como um marketing para obter reconhecimento público, não como um exercício espiritual para glorificar a Deus. Ele estava enganado acerca de si mesmo, pois se julgava aceito por Deus em função do que fazia ou deixava de fazer. Não é por obras para que ninguém se glorie!
  • Estava também enganado a respeito do publicano, a quem julgava um grande pecador e nem era digno de estar ali. Ninguém está autorizado por Deus para julgar quem quer que seja. “Aquele que pensa estar em pé cuide que não caia” I Co 10.12
  1. O Publicano, um pecador arrependido e profundamente consciente do se estado de miséria – VS.13,14:
  • Dentro da cultura judaica daqueles dias, os publicanos eram considerados os piores pecadores, pois cobravam impostos dos seus compatriotas judeus para os ímpios romanos, chegando muitos a enriquecer ilicitamente como Zaqueu. Lc 19. O que há de diferente nesses dois homens, visto que ambos entraram no templo com o mesmo propósito: orar? Enquanto o fariseu voltou para casa, apenas satisfeito consigo mesmo, o publicano saiu dali justificado, declarado justo diante de Deus, aceito por Deus. Somos justificados por meio de Cristo, nosso substituto perfeito. É por graça mediante a fé. O homem para o qual Deus olha é o abatido de espírito e que treme da sua Palavra! Como pode ser isto, uma vez que o fariseu fez tudo que deveria fazer e cumpriu todas as regras? Contudo, faltou-lhe o que tem faltado em muitos de nós: humildade e quebrantamento de espírito para reconhecer o próprio estado de miséria. Somos eternos devedores de Deus. Pecadores justificados pela graça salvadora, mas ainda pecadores. Note que o publicano batia no peito com freqüência, pois sabia onde estava a raiz dos seus problemas (é do interior do homem que procedem os maus desígnios, as inclinações malignas) e por isso clamava pela misericórdia de Deus. O brado daquele publicano deve ecoar hoje em nossos ouvidos e precisamos fazer coro com ele dizendo: Oh Deus, Sê propício a mim pecador!” e não permita que eu continue andando do mesmo jeito. Enquanto o orgulho daquele fariseu o condenou; a fé humilde do publicano o salvou e este saiu dali justificado, aceito por Deus. O Evangelho da Graça anunciado por Jesus Cristo e desvirtuado pelos fariseus dos nossos dias é para você e para mim que temos ficado cansados e desencorajados ao longo do Caminho.  A cada um de nós o Senhor diz hoje: Coragem, ainda há estrada a percorrer e almas a resgatar! Nenhum de nós está pronto, do contrário não estaríamos mais aqui. O Senhor usa vasos imperfeitos e frágeis, como você e eu para que seu poder se aperfeiçoe em nossa fraqueza.

CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
  1. Que possamos rejeitar em nós toda postura hipócrita, crítica, arrogante, preconceituosa e farisaica, que tem afastado de Deus aqueles que o querem seguir.
  2. Que possamos com freqüência bater no peito como aquele publicano e num alto e sonante brado dizer: “Oh Deus, Sê propício a mim pecador!”.
  3. Que possamos nos reconhecer miseráveis indignos de um só olhar de Deus, mas que apesar de nós ele nos amou, escolheu e alcançou por sua maravilhosa e infinita graça.
  4. Que possamos reconhecer que sem nenhum esforço ou obras de nossa parte, fomos simplesmente aceitos por Deus pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, nosso justificador, Senhor e Salvador.
  5. Que possamos dizer àqueles que estão à nossa volta, sedentos de Deus, levando uma vida desgraçada: “Humilhem-se ante a poderosa mão do Senhor para que ele em tempo oportuno vos exalte!” I Pe. 5.6
Aleluia, Amém! Sermão/Pra. Nadia Malta em 20.02.13 –www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus. 

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