domingo, 12 de agosto de 2012

Sermão/Tião Alvino/BENDITO É O NOSSO DEUS E PAI!

BENDITO É O NOSSO DEUS E PAI!
Lucas 1:68-75


OBJETIVO
Celebrar a paternidade de Deus sobre nós, por quem Ele é, pela grande dádiva que Ele nos concedeu: a nossa salvação, e pelo que nos tornamos, mediante quem Ele é e o que Ele nos deu: sermos feitos filhos de Deus.

INTRODUÇÃO
O texto lido faz parte do Benedictus, o cântico de Zacarias, proclamado por ele logo após o nascimento do seu filho, o profeta João Batista. Fala da misericórdia, do amor imutável e eterno de Deus, do amor do pacto, da salvação, da liberdade, da justiça e do nosso serviço em favor do Pai.

No evangelho de Lucas, ele se situa logo após o cântico de Maria, o Magnificat. Nas palavras do Pr. Isaltino Gomes: “O cântico de Maria louva a Deus por aquilo que Ele é. O cântico de Zacarias louva a Deus pelos seus atos na história, tanto no passado como no futuro. Os dois motivos centrais nos dois cânticos são estes: Deus deve ser louvado pelo seu ser e pela sua obra. Pelo que é, pelo que fez e pelo que fará. Devemos adorar a Deus pelo seu caráter e por suas obras.”

AO LONGO DO TEXTO, DESCOBRIMOS TRÊS RAZÕES PELAS QUAIS DEVEMOS CELEBRAR A PATERNIDADE DE DEUS SOBRE NÓS:

1. Deus deve ser celebrado por quem Ele é (vs. 68-71):
  • Descobrimos ao longo da Bíblia que o Senhor é o Deus Criador, que fez surgir todas as coisas por meio da Palavra do Seu poder.
  • Mas é também o Deus que caminha junto ao homem que o teme, o abatido e contrito de coração.
  • O Senhor é o Deus que visita, que faz alianças e promessas que se cumprem, pois Aquele que as faz é Fiel e Verdadeiro.
  • Descobrimos que o Senhor é o nosso libertador, a nossa força, a nossa Rocha, o nosso refúgio, o socorro presente na nossa tribulação.
  • Descobrimos que o Senhor é bom e que a Sua misericórdia dura para sempre.
  • Descobrimos que Ele é imutável e que não pode haver Nele nenhuma variação ou sombra de mudança.
  • Descobrimos que Ele é luz, e que Nele não há treva alguma.
  • Descobrimos que Deus é amor.
  • Descobrimos que Deus é Pai.
  • Mas, descobrimos também que Deus é santo e justo. E que diante da Sua justiça e santidade, todo homem é pecador, e destituído está da glória de Deus. O que nos leva à segunda razão da nossa celebração: Deus é o nosso Redentor e o nosso Salvador, por meio do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. 

2. Deus deve ser celebrado pela grande dádiva que Ele nos concedeu, a nossa salvação (vs. 72-75):
  • A história de cada ser humano, assim como acontece em nossos calendários, é dividida em antes de Cristo e depois de Cristo.
  • Descobrimos no Novo Testamento que todo homem nasce em Adão, e portanto, está morto em seus delitos e pecados.
  • Descobrimos que nascemos inimigos de Deus, cegos para compreender as Suas verdades espirituais porque elas nos soam como loucura.
  • Descobrimos que nascemos escravos do pecado, presos na armadilha do diabo, e portanto reféns da sua vontade.
  • Descobrimos que nascemos como filhos da ira e da desobediência, porque nascemos rebeldes contra o Filho de Deus.
  • Mas também descobrimos que “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:16,17).
  • O castigo que nos trouxe a paz foi lançado sobre Ele, e pelas suas chagas, fomos sarados.
  • O Justo morreu pelos injustos, para que fôssemos reconciliados e conduzidos a Deus. Somente Jesus Cristo é o “Caminho, e a Verdade, e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por Ele” (João 14:6).
  • “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).
  • Por meio da fé em Jesus, e em Jesus somente, deixamos de ser filhos da ira, e passamos a ser filhos do Seu amor, “porque não recebemos o espírito de escravidão, para vivermos, outra vez, atemorizados, mas recebemos o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” (Romanos 8:15).
  • O que nos conduz para a terceira razão da nossa celebração. 

3. Deus deve ser celebrado pelo que nos tornamos mediante quem Ele é e o que Ele nos deu: sermos feitos filhos de Deus:
  • “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João 1:12).
  • Por meio da adoção de filhos, recebemos do Pai a dádiva do Espírito Santo, que nos conduz para a vida e paz.
  • Somos nascidos de novo, da água e do Espírito, e passamos a fazer parte do reino de Deus.
  • Aquilo que nós não podíamos fazer, porque éramos escravos da carne, agora podemos, porque somos movidos pelo Espírito a viver em santidade e de modo que agrade a Deus. Não por obediência a doutrinas e preceitos de homens, que não têm valor algum contra a sensualidade, mas porque “o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Coríntios 5:14-15,17).
  • Por meio desse Espírito, podemos adentrar com ousadia e intrepidez na sala do Rei do Universo, para que ali rasguemos o nosso coração diante Dele, e assim nos venham tempos de refrigério.
  • Por meio desse Espírito, descobrimos que agora, absolutamente nada poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. 

Gostaria de terminar essa celebração ao nosso Deus e Pai, também com um cântico de louvor a Deus, proferido pelo apóstolo Paulo, em Romanos 11:33-36:

“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!

Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?

Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?

Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”

Em Cristo Jesus,
Tião Alvino

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