quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sermão/Pra.Nadia Malta/O SENHOR NOS CONVOCA PARA A OUTRA MARGEM!

O SENHOR NOS CONVOCA PARA A OUTRA MARGEM! Marcos 4. 35-41


Objetivo: Chamar a atenção da igreja para o nível de espiritualidade que Jesus está requerendo de cada um de nós.

Ideia Central do Texto (ICT):
 Antes de qualquer coisa, gostaria de chamar a atenção para o fato de que imediatamente antes deste episódio, mais precisamente nos versículos 33 e 34 deste mesmo capítulo, o evangelista Marcos dá uma explicação do porque que Jesus falava por parábolas às multidões, muito embora falasse mais explicitamente aos seus discípulos em particular. Logo em seguida acontece a convocação de Jesus aos seus discípulos para passarem para a outra margem do lago de Quinerete ou Tiberíades, também chamado de Mar da Galileia. Aquele lago fica 200m abaixo do nível do Mar Mediterrâneo e é assolado por muitas tempestades de vento que vem dos montes em seu redor, principalmente o Monte Hermom.

Aquela convocação de Jesus mesmo tendo sido literal, trazia consigo um sentido parabólico para aqueles discípulos. Este outro sentido só poderia ser compreendido pelos ouvidos treinados de suas ovelhas. Jesus estava falando de uma travessia para um nível de espiritualidade que requeria fé, graça,  resistência e resiliência. Se isso foi válido para os dias de Jesus andando com seus discípulos visivelmente aqui na terra, o que dizer nos dias de hoje?

Introdução:
Tenho a impressão de ainda ouvir o Senhor Jesus fazendo a mesma convocação feita aos discípulos dos dias de sua carne sobre a terra: “passemos para a outra margem” e dessa vez não de forma parabólica, mas explicitamente convocando as suas ovelhas para atravessarem o lago da superficialidade, da barganha, do sacrifício barato, do voto de tolo, do mercadejamento da fé, do toma lá da cá espiritual que tem marcado a religiosidade de nossos dias. O Senhor nos convoca a todos que nele cremos a passarmos para aquela margem cujo solo é a Rocha inabalável (Ele próprio), capaz de suportar todo tipo de tempestade em um nível de espiritualidade praticamente desconhecida por aqueles que lotam as igrejas-mercados de nossos dias.

O que realmente o homem precisa não é encher os bolsos de dinheiro ou fazer parte da lista dos dez mais. O que na verdade ele precisa é preencher o vazio em seu coração. Ele precisa resolver o problema que afeta a sua interioridade: a falta de paz que excede todo o entendimento e aquela alegria completa e indizível que só é possível na presença do Senhor.

HÁ TRES COISAS NO TEXTO QUE CHAMAM A NOSSA ATENÇÃO DE MODO ESPECIAL:
1.     A convocação de Jesus aos seus discípulos – v. 35, 36: “Passemos para a outra margem”.
  • Aquela era na verdade uma convocação para que seus discípulos participassem de uma “parábola viva”, onde eles próprios seriam os protagonistas. Eles viveriam naquele barco (figura representativa da igreja) o que experimentariam em suas vidas. O Senhor os convoca para um nível de espiritualidade que vai além da superficialidade e requer além de fé, graça e resistência para enfrentar o que pode surgir em nosso caminho. Estamos vivendo um tempo que é imperioso termos a compreensão dessa santa convocação do Senhor que ecoa em nossos dias, do contrário abandonaremos a fé que um dia abraçamos como muitos têm feito.
2.     Mesmo Jesus estando conosco no barco, não estamos livres de passar por tempestades – Vs. 37, 38:
  • Como cristãos somos chamados a enxergar a vida com os olhos de quem realmente foi transformado pelo poder de Deus. Isso nos faz andar no Caminho, na Luz, na Verdade, livres de pesos e culpas ou máscaras, mas não nos isenta de passar por tempestades. A proximidade e intimidade com o Senhor não torna a nossa vida mais fácil do ponto de vista circunstancial. No entanto, nos torna mais maduros, mais capazes de enfrentar a vida com lucidez e equilíbrio. Ajuda-nos a escolher as coisas mais excelentes, não nos contentando com superficialidades.
  • O aparente sono de Jesus no barco não significa inação, descaso ou apatia. Esse sono faz parte de sua didática. O que ele deseja é que confiemos em sua suficiente graça, numa atitude de fé e perseverança.
3.     Tudo, absolutamente tudo, está no controle soberano do Senhor – VS. 39-41:
  • Descobrimos aqui que nada do que venha a nos acontecer está fora de sua área de controle e cuidado amoroso. Ele não nos promete livrar de passar por vales sombrios, de entrar em fornalhas ardentes, de atravessar desertos abrasadores, de enfrentar gigantes, mas garante a sua presença em todo o tempo. Por isso aqueles discípulos foram severamente repreendidos por ele por causa de sua falta de fé e timidez diante da tempestade. Cada dia mais me convenço que Deus tem um caminho na tormenta e o usará sempre que for necessário nos mostrar que ele tem o controle soberano de todas as coisas. Como ele mesmo fala no Sl 46. 10: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. A mais importante lição das tormentas é que não devo basear meu relacionamento com o Senhor naquilo que ele pode fazer por mim nessas horas, mas no que posso fazer nessas horas, tendo ele comigo e usando a autoridade que ele me concedeu. Isso faz toda a diferença. O Senhor requereu ousadia e fé daqueles discípulos medrosos e “reclamões”. Lc. 10.19; Outra lição é que muitas vezes a tempestade está instalada em nosso coração, não na circunstancia em si, isso, porque esquecemos quem é Aquele que até o vento e o mar lhe obedecem. Talvez esse tipo de tempestade seja pior do que as exteriores, porque demonstra falta de fé daqueles que andando com Ele não aprenderam nada.
CONCLUSÃO: O que Espírito Santo deseja nos ensinar hoje?
  1. Jesus nos convoca hoje a passar a uma outra margem com ele. Ele deseja para nós um nível de espiritualidade que vai muito além da superficialidade religiosa do toma lá da cá das igrejas-mercado. Ele deseja que alcancemos uma espiritualidade de alicerce profundo cavado na Rocha eterna que é ELE próprio. Mesmo estando conosco no barco, e ele certamente está, não estamos livres de enfrentar tempestades em nossa jornada por esta vida.
  2. O aparente sono do Senhor não significa apatia, descaso ou inação, mas faz parte de sua didática. É um recurso, uma oportunidade de manifestarmos ousadia, fé e resistência confiantes na sua suficiente graça.
  3. Jamais devemos esquecer que o nosso Senhor é Aquele que até o vento e o mar lhe obedecem, portanto, ELE está no controle de absolutamente tudo e nos concedeu autoridade.
Aleluia, amém.
Sermão/Pra. Nadia Malta em 29.08.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com  
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo ou edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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