domingo, 4 de março de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/COGITANDO DAS COISAS DE DEUS, NEGAMOS A NÓS MESMOS!

COGITANDO DAS COISAS DE DEUS, NEGAMOS A NÓS MESMOS!
Mateus 16:23-27
Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.  Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”.


OBJETIVO
Estimular a igreja a encarar com olhos espirituais os propósitos das lutas e AFLIÇÕES diárias.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
O texto em apreço é citado por três dos evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas, dada a importância do ensino que Jesus queria ministrar.

O episódio se deu logo após Jesus predizer a sua morte e ressurreição. Naquele momento Pedro foi repreendido por tentar dissuadir Jesus do propósito para o qual tinha vindo ao mundo. As palavras de Jesus a Pedro no versículo 23 ecoam ainda hoje em nossos ouvidos: “Arreda satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Cogitar significa refletir, pensar à respeito, imaginar.

Precisamos olhar para o texto que estamos examinando na perspectiva dessas palavras de Jesus a Pedro. Só assim, entenderemos a idéia central apresentada aqui, que é a percepção dos propósitos de Deus para as situações.

INTRODUÇÃO
O Espírito de Deus tem ministrado fortemente ao nosso coração sobre o discernimento espiritual, que devemos ter em relação aos desígnios de Deus nas situações adversas que enfrentamos. Há momentos que tudo nos parece tão injusto, tão incompreensível, que humanamente ficamos sem ação, perplexos. A única explicação plausível é que infelizmente ainda não conseguimos cogitar das coisas de Deus.

Confesso que não é fácil falar sobre provações e aflições num tempo em que a maioria dos pregadores, sobretudo, da igreja eletrônica, não cogita das coisas de Deus e sim das dos homens. Apregoam um triunfalismo ufanista absolutamente inconsequente. Quando as pessoas descobrem na prática, que mesmo os cristãos por viverem num mundo caído estão sujeitos a passar por aflições, se decepcionam com Deus.

As pessoas procuram meios para fugir do sofrimento e resolver a qualquer custo os seus problemas. Esse contexto, no entanto, me ensina que o único meio de encararmos a vida e as dificuldades que nos acometem, é cogitar (refletir, meditar, pensar) das coisas de Deus. “Os pensamentos e Caminhos de Deus são infinitamente maiores que os nossos”.

Percebemos uma ressurreição do hedonismo, aquela filosofia grega que apregoava a fuga do sofrimento a todo e qualquer custo e a busca do prazer pelo prazer. Esse caminho não procede de Deus. A terra é a arena da nossa santificação, é lugar de lutas, de crescimento e de amadurecimento, não um parque de diversões ou colônia de férias. Ninguém escapa das dores do crescimento, nem física, nem emocionalmente e muito menos espiritualmente. Meditemos nisso!

JESUS DEPOIS DE REPREENDER PEDRO, VOLTA-SE PARA OS DEMAIS DISCÍPULOS E TRAZ ALGUNS PRINCÍPIOS, OS QUAIS PRECISAMOS OBSERVAR:

  1. Não dá para seguir Jesus e seguir as próprias inclinações – vs. 23, 24:
  • O erro de Pedro no v.23 foi pensar como homem, instigado por satanás, desejando escapar do sofrimento e da morte. Na verdade é isso que todos nós fazemos ante a perspectiva da dor ou da perda.   Ele não cogitou dos pensamentos e propósitos de Deus, quanto ao que estava para acontecer. Pedro teve fé suficiente para confessar no v.16 que Jesus era o Filho do Deus vivo, mas não para crer que era plano de Deus que Jesus sofresse e morresse. Para aceitar a cruz precisamos negar a nós mesmos. A cruz representa o sofrimento temporário para que alcancemos a glória da ressurreição.
  • Seguir ao Cristo Vivo significa também aceitar a cruz que nos é imputada. E agir segundo as armas espirituais que nos foram concedidas pelo Senhor: Oração, santificação que nos confere autoridade, o nome e o sangue de Jesus, a armadura de Deus e a sua Santa Palavra, essas armas espirituais são como rolimãs que nos ajudam a seguir levando nossas cruzes.  Essa cruz tem várias faces: ela vem na forma de uma enfermidade que não é curada; da rebeldia contumaz de um filho e da incredulidade ou indiferença de um cônjuge através dos quais exercitamos graça e misericórdia; vem através das perseguições e ações demoníacas diretas ou indiretas, através das quais exercitamos fé.
  • O fato é que devemos clamar ao Senhor que mande mais graça sobre nós, para que sejamos fortalecidos ao carregar cada um a nossa cruz e o sigamos sem desistir, perseverantemente. Rm 12.1,2; Fp 3.7-10; Gl 2.20
  1. Aquilo que o mundo considera ganho é perda para Jesus e vice versa – VS.25,26:
  • O Reino de Deus e a sua justiça precisam estar sempre em primeiro lugar. Nada pode ter prioridade na vida do cristão a não ser o próprio Cristo. Muitos têm se empenhado em amealhar para esta vida, quando na verdade são pobres para com Deus. São míopes espirituais que enxergam só o que está perto.
  • Até quando desfrutaremos daquilo pelo qual nos empenhamos tanto nesta vida? Nenhuma riqueza deste mundo compensa a perda da nossa alma. Que possamos voltar para Deus como ele mesmo apela em Jr 4.1: “Se voltares, ó Israel, volta para mim; se removeres as tuas abominações de diante de mim, não mais andarás vagueando”.
  1. Cada um receberá segundo as suas obras – v.27:
  • Obras aqui, não se tratam de feitos como caridade ou ajuda aos necessitados, mas da realização da vontade de Deus expressa nas Escrituras Sagradas. Jo 6.28,29
  • Note que todo esse contexto tem ligação com o v.23 quando Pedro foi repreendido por não cogitar das coisas de Deus e sim das dos homens. De nada adiantaria dizer que seguimos a Jesus e andarmos segundo o padrão do mundo. A Bíblia afirma que temos a mente de Cristo, se temos realmente a sua mente, devemos cogitar das coisas de Deus não das dos homens.
CONCLUSÃO
O que aprendemos aqui?
  1. Não há ressurreição sem cruz, nem vitória sem lutas. Foi assim com Jesus, o ungido de Deus, será assim conosco. As fórmulas mágicas que prometem nos livrar dos sofrimentos nesta vida não procedem de Deus, porque a cruz é uma realidade na vida do cristão para que ele alcance a ressurreição nas suas lutas e aflições diárias. Antes clamemos para que sejamos fortalecidos para enfrentar as dores provocadas pelo peso de nossas cruzes.
  2. Que possamos nos disciplinar para desconsiderar os ganhos e facilidades do mundo que tentam nos dissuadir do plano de Deus para nós. Muitas vezes no cenário desse plano tem uma cruz para ser encarada.
  3. Que possamos aprender com a ajuda do Espírito de Deus a cogitar das coisas de Deus e não das dos homens.  Que Diante das situações que nos assolam, possamos perguntar: “Senhor, qual o teu propósito para isto?”.
  4. Que possamos nos empenhar para realizar as obras de Deus. Realizar obras de Deus= “crer naquele que por ele foi enviado” = Jesus Cristo.

Aleluia, amém!

Sermão/Pra. Nadia Malta em 4/3/2012 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com.


Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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