quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sermão/Pra. Nadia Malta/SEJAMOS ESPERANÇOSOS!

SEJAMOS ESPERANÇOSOS!
“Ora, o Deus de toda graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.”
I Pedro 5:10


OBJETIVO
Apresentar à igreja as razões pelas quais devemos exercitar uma viva esperança.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
A primeira Epístola do apóstolo Pedro é chamada muito apropriadamente de carta da esperança. A epístola começa e termina falando sobre isso.

Pedro aqui não fala de uma esperança qualquer, mas de uma viva e real esperança no meio do “fogo ardente”, que são as provas pelas quais passamos.

No capítulo cinco da epístola, Pedro dá aos seus leitores três ordenanças para auxiliá-los a enfrentar as dificuldades da vida: Sejam humildes! Vs.5-7; Sejam vigilantes! Vs.8,9; e finalmente: Sejam esperançosos! Vs. 10-14. Essa ultima exortação é a ideia central do texto.

INTRODUÇÃO
Nunca foi tão necessário, a bem da nossa saúde espiritual e emocional, um reconhecimento da proteção e controle de Deus sobre as nossas vidas, muito embora, o nosso adversário faça de tudo para nos convencer do contrário.

Tudo parece concorrer para que percamos o equilíbrio diante das situações que se levantam como gigantes vindos do inferno para nos assolar.

Um ano finda e outro começa, o que passou levará as lutas enfrentadas, as vitórias computadas e o novo ano trará consigo novos desafios e novos obstáculos a transpor, batalhas a enfrentar e serem ganhas. Por isso gostaria de terminar este ano e começar o próximo com as palavras de esperança do apóstolo Pedro nesta epístola. A lucidez desse apóstolo nos dá conta de que mesmo em meio às batalhas mais intensas podemos sim ter esperança no Deus vivo que não nos deixa andar sozinhos. Portanto esperança é a palavra de ordem para o ano novo!

Uma das vantagens do adversário, alcançadas sobre nós, é a nossa ignorância a cerca da profundidade do conhecimento de Deus e da provisão da sua graça para nós. O próprio Deus diz em sua Palavra que o seu povo está sendo destruído por falta de conhecimento dessa Palavra, outros conhecem a Palavra e se rebelam contra ela, nesse caso o sofrimento ainda é maior. Os. 4.6; Is. 1.19,20

PEDRO APRESENTA AQUI QUATRO RAZÕES PARA MANIFESTARMOS UMA ATITUDE DE ESPERANÇA:

1. Temos a suficiência do Deus de toda graça – v.10: “Ora, o Deus de toda a graça”:
  • A salvação é pela graça – I Pe 1.10; Ele nos chamou antes de o invocarmos - Somos “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas”. I Pe 1.2; Fomos regenerados para ter uma viva esperança: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” I Pe 1.3; Ele nos amou primeiro, nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo.
  • Precisamos compreender baseados na sua Palavra que não devemos temer tudo que ele tem permitido que experimentemos. A graça de Deus é multiforme e apropriada para todas as situações da vida - I Pe 4.10
  • Quando nos sujeitamos ao Senhor, ele nos concede a graça de que precisamos, porque ele é o “Deus de toda a graça”. Alcançar graça é alcançar o favor de Deus apesar de nós. Por isso devemos permanecer firmes nessa suficiente graça –v.12

2. Fomos chamados à sua eterna glória – v.10: “Que em Cristo vos chamou à sua eterna glória”
  • Tudo o que começa com a graça de Deus conduz à glória. Ele nos “chamou à sua eterna glória”. Essa é a herança para a qual nascemos – I Pe 1.4
  • Se dependermos da graça de Deus ao sofrermos, esse sofrimento redundará em glória.
  • Mas essa expressão tem duas conotações: a glória excelsa de Deus para a qual fomos chamados tanto se trata da eternidade com o Senhor quanto à própria presença de Deus na qual estamos no tempo presente!.

3. O sofrimento presente é apenas por breve tempo – v.10: “Depois de terdes sofrido por um pouco”
  • O texto diz que o sofrimento pelo qual passamos é apenas por um pouco, mas a glória resultante é eterna. Paulo diz em II Co 4.17: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz em nós eterno peso de glória, acima de toda comparação”.
  • Nossas tribulações têm prazo de validade. A sua duração é limitada. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.

4. Sabemos que as provações constroem o caráter cristão – v.10: “Ele mesmo, vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”
  • Pedro usa quatro palavras para descrever o tipo de caráter que Deus deseja forjar em nós:
  • Aperfeiçoar = significa equipar, ajustar, encaixar, amadurecer. É isso mesmo que Deus quer fazer conosco nos ajustar à sua Palavra, nos conformar à imagem de Cristo. Rm 8.28,29; nos elevar a estatura de varões perfeitos.
  • Deus usa vários instrumentos para equipar as pessoas para a vida e o serviço cristãos. O sofrimento é um desses instrumentos. Tem sido pelos séculos dos séculos o grande formão de Deus para esculpir em nós o seu caráter.
  • Outros meios através dos quais ele opera em nós e através de nós são: A Palavra de Deus - II Tm 3.16,17; a Comunhão e o Ministério (serviço) Ef 4.11-16.
  • “O Salvador, do céu nos aperfeiçoa para que façamos a sua vontade e realizemos a sua obra na terra”.
  • Firmar = fixar com firmeza ou prender firmemente. Os cristãos não devem ser inconstantes em relação ao seu caminhar em Cristo – Tg 5.8
  • Essa firmeza e fortalecimento se dão por meio da Verdade de Deus, expressa em sua Santa Palavra, na qual estamos confirmados – II Pe 1.12
  • O cristão firme jamais desistirá de Deus durante as lutas perseguições, aflições e muito menos será desviado pelas falsas doutrinas. O salmista no Sl.125.1 diz: “Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião, que não se abala, firme para sempre”.
  • Fortificar = fala de fortalecimento em Deus; Deus nos dará forças para lidar com aquilo que a vida exige de nós. Somos revestidos de um poder sobrenatural, até então desconhecido.
  • De que adianta estarmos firmados sobre alicerces sólidos, se não tivermos forças para agir? Essa força virá de Deus.
  • Fundamentar = alicerçar; lançar uma base, um fundamento.
  • Jesus disse em Mt 7.24-27 que a casa alicerçada sobre a rocha se mantém firme na tempestade.
  • O cristão equipado por Deus está firmado, fortalecido e fundamentado sobre a Rocha Eterna que é o próprio Cristo e este ressurreto. Este não será jamais abalado.
  • Quando um incrédulo passa por aflições, logo perde a esperança, mas para o cristão o sofrimento faz crescer a esperança; na verdade ainda que ele morra, há esperança. – Rm 5.3,4; em II Co 4. 16 Paulo diz: “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia”.
  • Deus constrói o caráter e aviva a esperança quando o cristão confia nele e depende de sua graça. Como resultado, Deus é glorificado!

CONCLUSÃO
O que Pedro nos ensina aqui?
  1. Contamos com a suficiência do Deus de toda a graça que nos sustenta em toda e qualquer situação. Essa graça é poderosa para todas as coisas que dizem respeito a nós. Sabemos para onde vamos e em quem cremos. Estamos aqui só de passagem e os percalços do caminho não devem nos fazer esmorecer.
  2. O nosso sofrimento tem tempo de duração, prazo de validade e redundará em glórias para Deus.
  3. As provações constroem em nós o caráter de Cristo.
  4. Para nos aperfeiçoar, O Senhor nos equipa: nos firmando em Sua Palavra, nos fortalecendo nele e na força do seu poder e nos fundamentando, nos  alicerçando na Rocha eterna que é o Senhor Jesus Cristo nosso Salvador e Senhor. Que no novo ano mesmo que haja lutas, seja de grandes vitórias, sobretudo a vitória da fé sobre a incredulidade, da persistência sobre o desanimo, da esperança viva sobre a desesperança em nome de Jesus Cristo!

Aleluia, amém!

Sermão/Pra. Nadia Malta em 28/12/2011 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com.

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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