quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sermão/Pra. Nadia Malta/UM ENCONTRO SECRETO NA SALA DO TRONO

UM ENCONTRO SECRETO NA SALA DO TRONO! 
Mt 6. 5-15

Objetivo: Exortar os crentes a rever a sua prática de orações pessoais.
Idéia Central do Texto (ICT):

O texto lido faz parte do Sermão do Monte e nos mostra Jesus instruindo aos seus ouvintes com princípios que orientam a prática diária das orações pessoais.

Na verdade se lermos o contexto todo, encontraremos ali instruções quanto às três práticas secretas: a caridade (o dar do ponto de vista de Deus), o jejum (tempo separado para a consagração) e a oração pessoal. Hoje falaremos sobre a prática secreta da oração pessoal.

Introdução:
É sempre bom, revermos algumas posturas em nossas práticas devocionais, que de certa maneira têm levado muitos em nosso meio, a agirem de maneira equivocada. Isto se aplica às orações pessoais, por exemplo.

Quero convidar você a fazermos juntos, uma releitura cuidadosa de Mt 6.5-15, sob o olhar do Espírito Santo e nos dispor perante ele a corrigir a nossa prática de orações, sobretudo e especialmente, as orações pessoais. Falar deste tipo de oração é oportuno em um momento em que estamos ministrando sobre as provas em nosso meio, bem como a fé que precisamos exercitar para enfrentá-las.

A Bíblia nos leva a discernir três lugares específicos de oração, a igreja, como casa de oração; os nossos lares e o lugar secreto onde vivenciamos a nossa intimidade maior com o nosso Pai celestial.

Considerações:
  • Será que as nossas orações não têm sido tentativas de impressionar os que estão à nossa volta, sobre o quanto somos “espirituais”? “Oração é um diálogo interior com o seu melhor amigo” Charles Shedd.
  • A oração não é uma senha de acesso a uma engrenagem espiritual, que ao ser acionada cospe uma recompensa; é, sobretudo, um clamor sincero a um pai amoroso para que se relacione conosco.
  • Através da oração íntima e relacional tomamos conhecimento da vontade de Deus, apesar  de ela ser complexa e difícil de compreender. Contudo, quanto mais nos relacionamos intimamente com o Senhor mais esta vontade é comunicada a nós pelo seu Espírito.
  • A fé nos leva a orar, mas não é uma fórmula mágica para liberar ou acessar aquilo que desejamos da parte de Deus. Ela é a confiança inabalável no Deus Todo Poderoso, quer ele faça o que queremos, quer nos deixe atravessar os estreitos com um fim proveitoso.
  • A galeria dos heróis da fé em Hb. 11 nos mostra isso. Ali, uns foram livrados outros não, mas ambos os grupos clamaram e confiaram em Deus levando a sua fé às ultimas conseqüências.
  • A oração da fé da qual estamos falando aqui hoje é aquela pessoal, particular que não deve ser testemunhada por ninguém a não ser por Deus que vê em secreto.
  •  
O QUE PODEMOS APRENDER COM O MODELO DE ORAÇÃO PESSOAL ENSINADO POR JESUS?

1.      Nossa oração pessoal deve ser feita em particular – vs.5,6:
  • Jesus não impede ou condena a oração pública ou congregacional, ela tem o seu lugar, do contrário não haveriam cultos de oração; Jesus no entanto, condena a oração exibicionista, ostensiva, auto promocional usada pelos fariseus, com o fim de chamarem a atenção para a sua pseudo espiritualidade. Aqui o Senhor foi bastante claro em seu ensino quando diz: “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”. De que recompensa o Senhor está falando aqui? Do aplauso dos homens. Ver Lc 18.9-12
  • A oração farisaica é aquela que não tem respaldo de uma vida particular e secreta de oração; esse tipo, não passa de hipocrisia.
  • Por isso Jesus aqui exorta seus discípulos da seguinte maneira: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”. Que tipo de oração é esta que Jesus fez questão de ensinar o modelo aos seus discípulos? Esta oração é pessoal, é aquele encontro secreto na Sala do Trono onde derramamos nosso coração na presença do Pai, sem a menor preocupação com reservas.

2.      Nossa oração pessoal deve ter como marca  a absoluta sinceridade de coração diante do Senhor vs. 7,8
  • O fato de repetir um pedido, não o torna uma vã repetição. “Vã repetição” é quando as palavras não refletem um desejo sincero de buscar a verdadeira vontade de Deus.
  • Os gentios pagãos usavam em suas cerimônias religiosas, a prática de orações memorizadas; o Senhor queria banir da sua igreja essa prática pagã.
  • Por isso devemos sempre rever as nossas orações para que não se tornem vãs repetições, como rezas ou mantras vazios de verdadeiros sentimentos. Não podemos nos esquecer que o Senhor sonda mentes e corações, nada fica fora do seu olhar perscrutador. Por isso devemos ser extremamente sinceros com o Senhor nesses encontros secretos. A sala do trono é o lugar para se tirar todas as máscaras.

3.      Nossa oração deve ser feita de acordo com a vontade de Deus – vs. 9-13
  • O que é a vontade de Deus?
  • As nossas orações particulares precisam santificar o nome do Senhor. De que maneira? Louvando ao Senhor (pelos seus feitos, adorando ao Senhor (pelos seus atributos eternos e imutáveis) e rendendo graças sempre (por tudo que ele nos tem concedido apesar de nós) v.9
  • Precisamos, mesmo a despeito de nossas necessidades mais profundas, priorizar o Reino de Deus e a sua vontade – v. 10; essa é também uma maneira de batalharmos espiritualmente, nos livrando do nosso egoísmo.
  • Só aí, com humildade, devemos apresentar a ele aquilo que realmente representa as nossas verdadeiras necessidades diárias; v.11
  • Pedir fortalecimento para resistirmos às tentações e inclinações de nossa carne (pressões externas internas) - v.13a
  • Pedir livramento das astutas ciladas do maligno, de toda forma de mal, até do mal que parece bem - v.13b.
  • Declarar sempre a primazia e soberania de Deus - v.13c

4.      Nossa oração deve ser movida por um espírito perdoador– vs. 12, 14, 15
  • Note bem: Jesus não está ensinando aqui, que só merece o perdão de Deus quem perdoa os outros, pois isso, seria contrário à sua graça e misericórdia; no entanto, se experimentamos  verdadeiramente o perdão de Deus, teremos a disposição de perdoar os outros.
  • Jesus ilustra este princípio na parábola do Credor Incompassivo em Mt 18. 21-35.

O que o Espírito de Deus quer nos ensinar aqui?
    1. Precisamos rever a postura de oração. O que ela revela: exibicionismo farisaico ou genuína intimidade com Deus?
    2. Será que temos procurado orar com sinceridade de coração ou temos à revelia de Jesus, transformado o próprio “Pai Nosso” numa grande vã repetição?
    3. Façamos uma releitura deste texto sobre oração e peçamos ao Espírito Santo que nos conduza a orar de acordo com a vontade de Deus.
    4. Pratiquemos o perdão àqueles que nos têm ofendido; assim como um dia experimentamos o perdão gracioso de Deus, que foi capaz de cancelar o escrito da dívida que era contra nós! Aleluia, Amém!
Aleluia, Amém!
Sermão/ Pra. Nádia Malta em e 29.06.11 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com  
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que se mencione a fonte, e a fonte é o Espírito Santo de Deus.





terça-feira, 28 de junho de 2011

Estudo Bíblico/II Estudo em Colossenses

SÉRIE DE ESTUDOS SOBRE A EPÍSTOLA DO APÓSTOLO PAULO AOS COLOSSENSES
II Estudo – A Fé, o Amor, a Esperança, e o Evangelho – Cl 1.3-8

INTRODUÇÃO
A fé, o amor, e a esperança, compartilhados pelos colossenses, confirmou para Paulo a operação do Espírito Santo nas suas vidas. Embora Paulo não conhecesse pessoalmente aqueles irmãos, sentia-se ligado a eles pelo vínculo da cruz. Ele expressou seu amor por eles dando constantemente graças por suas vidas, ao Pai de Jesus Cristo, e fazendo petições em favor daqueles que criam no Senhor (Cl 1.12; 2.6). A fé, o amor, e a esperança (vs. 4,5): esse trio de virtudes deve ser cultivado por todos aqueles que receberam a Cristo e têm andado Nele.

A FÉ
Paulo, falando do motivo das suas ações de graças por aquela amada igreja, se refere primeiramente à fé demonstrada por aqueles irmãos. Como definiríamos fé, do ponto de vista bíblico? Descobrimos, em Hb 11.1, que fé é uma certeza. O que mais a Bíblia nos ensina sobre fé?
1) Descobrimos que Deus repartiu uma medida de fé com cada um de nós (Rm 12.3).
2) A Bíblia declara que o justo viverá pela fé (Hc.2.4; Hb 10.38).
3) O Senhor abençoa, presenteia àqueles que têm uma fé viva (Hb 11.6). Ver também: Mt 8.10,13; 15.28; 21.21; Mc 2.5; 5.34; Lc 7.50; 12.28; 18.8,42; At 14.9, 10; I Jo 5.4.
4) A fé genuína gera obras, atos concretos – Tg. 2.17, 19

O AMOR
O próprio Paulo, nesta epístola (Cl 3.14), chama o amor de vínculo da perfeição. É considerado a maior das virtudes (I Co 13.13), credencial de crente fiel, marca indelével da presença de Jesus (I Jo 3.11-17; 4.7,8). Leia e medite nesses textos sobre o amor: Jo 15.13; 17.26; Rm 5.5,8; 8.39; 13.8; I Co 13.13; II Co 5.14; Gl 5.13; Ef 3.19; 5.2; Fp 1.16; I Ts 4.9; Hb 13.1; I Jo 3.16.

A ESPERANÇA
Não dá para separar esperança e fé, a junção dessas duas virtudes gera confiança. Esperamos, porque cremos. Veja o que a Bíblia fala sobre esperança: Jó 14.7-9; Pv 14.32; Jr 17.7,8; Lm 3.21; Rm 12.12; Cl 1.27; 10.23; I Pe 1.3. Podemos defini-la por uma expectação de algo que certamente virá. Paulo justifica sua esperança, dizendo: “sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.” (II Tm 1.12). Que convicção gloriosa!
O EVANGELHO
As virtudes apresentadas por aqueles irmãos tinham origem no próprio Evangelho que lhes havia sido pregado (v. 5). Evangelho significa boas novas, mensagem que consiste na verdade, sem contradição. A verdade que nos revela o Cristo vivo, e o que Ele fez por nós em sua vida, morte e ressurreição. O Evangelho pregado aos irmãos de Colossos, afirma o v. 6, estava produzindo frutos e crescendo. O Evangelho para ser comunicado precisa de um porta-voz. Em Colossos, era Epafras, chamado por Paulo de fiel ministro de Cristo. Leia e medite sobre o que a Bíblia fala a respeito do Evangelho: Mc 16.15; Rm 1.16; I Co 15.1; Ef 1.13; 6.15; Fp 1.27. Todos nós somos chamados para comunicar esse Evangelho da graça de Deus, como Epafras.
APLICAÇÃO PRÁTICA
1) Quais as três virtudes mencionadas por Paulo neste contexto?
2) Qual a maior delas?
3) Dá para separar fé de esperança? Justifique a sua resposta
4) Como você define Evangelho?
5) O amor é marca de crente. Essa marca pode ser encontrada em você?
6) Como o incansável Epafras foi chamado por Paulo no v. 7?
TEXTOS PARA MEDITAÇÃO DURANTE A SEMANA

2ª Feira – Hb 11
3ª Feira – I Co 13
4ª Feira – I Jo 2.15-26
5ª Feira – I Jo 3.11-24
6ª Feira – I Jo 4.7-21
Sábado – Cl 1.9-12


terça-feira, 21 de junho de 2011

Estudo Bíblico em Colossenses/ I Estudo

SÉRIE DE ESTUDOS SOBRE A EPÍSTOLA DO APÓSTOLO PAULO AOS COLOSSENSES
I Estudo – O escritor, os destinatários, e a saudação inicial – Cl 1.1,2

ESCRITOR: Apóstolo Paulo.
DATA PROVÁVEL: Entre 60-64 d.C. (depois de Cristo).
LOCAL: de uma casa alugada que servia de prisão domiciliar em Roma.
LOCALIZAÇÃO DE COLOSSOS: era um povoado de pouca importância no Vale do Licus, atual Turquia. Estava situada a 180 km de Éfeso, aproximadamente.

PROPÓSITO DESTA EPÍSTOLA: transmitir aos crentes daquela igreja uma mensagem de fé, perseverança na sã doutrina, exortar e ensinar. De maneira especial, contestar erros doutrinários surgidos naquela época, que misturavam elementos do judaísmo com a especulação filosófica da época, inclusive o culto aos anjos. Isso tudo tendia a obscurecer a glória divina de Cristo.
OBSERVAÇÃO: Esta epístola tem grande semelhança com Efésios. Enquanto esta apresenta a Igreja como Corpo de Cristo, Colossenses nos mostra Cristo como o Cabeça da Igreja.
AINDA SOBRE O ESCRITOR: ele apresenta-se como apóstolo = agente autorizado, um mensageiro, com direitos de um procurador. Paulo tornou-se apóstolo depois da ressurreição de Cristo, “por vontade de Deus”. Considerava-se “um nascido fora de tempo”. Ver I Co 9.1; 15.8-10.

DESTINATÁRIOS: são chamados de santos, fiéis e irmãos. Santo = separado, indica possessão e uso exclusivo de Deus. Os santos recebem essa qualificação pelo preço da redenção que os comprou (I Co 6.20), e pela presença do Espírito Santo que os santifica (Lv 19.2; Sl 30.4; I Co 1.2; Ef 1.4). Fiéis = refere-se aos que creem. Fé+obediência= fidelidade esses conceitos estão estreitamente ligados no original grego (Cl 1.23; Hb 3.14). Irmãos = membros da mesma família, da qual Deus é o Pai, aqui não significa laços de carne e sangue (Mt 23.8; Mc 3.35).
SAUDAÇÃO: Paulo usa a expressão “graça e paz”. Graça = todo o favor que recebemos da parte de Deus, sem que haja nenhum merecimento de nossa parte (Sl 63.3; Rm 5.20; II Co 13.13; Ef 2.5). Graça é o lugar do favor de Deus; Jesus inaugurou o tempo da graça; Ele é a própria encarnação da graça. Paz = indicador de prosperidade espiritual e equilíbrio. É o bem-estar outorgado por Deus àqueles que o amam (Is 26.3; Jo 14.27; 16.33; Rm 5.1; Fp 4.7). Essa paz trazida por Cristo não é a ausência de problemas, mas, o equilíbrio necessário para enfrentá-los.

ATUALIDADE DA EPÍSTOLA
Assim como nos dias de Paulo, precisamos ter cuidado com os falsos mestres que se infiltram em nossas comunidades, com a finalidade de deturpar o ensino das Escrituras, trazendo sonhos e revelações, dizendo ser da parte de Deus. Toda visão, todo sonho ou toda revelação precisa estar de acordo com a santa Palavra de Deus. Do contrário, devem ser desprezados (Gl 1.8; I Tm 6.3-5; II Pe 2.1-3).

APLICAÇÃO PRÁTICA
1) O que significa o termo Apóstolo?
2) Quais as três palavras usadas por Paulo aos seus destinatários? O que significa cada uma delas?
3) Elas podem ser aplicadas a você?
4) E a expressão “graça e paz”, qual o significado bíblico?
5) Podemos dar crédito a qualquer visão ou revelação? Por que?
6) O que levou Paulo a escrever para aquela igreja?
7) Qual a semelhança daqueles problemas com os dos nossos dias?

TEXTOS PARA MEDITAÇÃO DURANTE A SEMANA
2ª Feira – Tg 3.1-12
3ª Feira – Tg 4.1-10
4ª Feira – I Pe 1.13-21
5ª Feira – I Pe 2.1-10
6ª Feira – II Pe 1.1-11
Sábado – Cl 1.3-8

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