terça-feira, 1 de março de 2011

Estudo Bíblico/Pra. Nadia Malta/INTERCESSÃO

Igreja Cristã Missionária Betel
Av. Abdo Cabús, 95 A  Candeias Jaboatão PE
CEP 54.440- 350 Fone 3469 37 04
Ministério: Pr. Manoel Malta - Pra. Nádia Malta

Estudo sobre Oração de Intercessão

Introdução: Todos os tipos de oração têm um envolvimento direto conosco, desde a ação de graças, passando pelas súplicas e petições à respeito de nossas necessidades até a oração de entrega ou consagração.

Há, contudo, um nível de oração que tem como cerne os outros. Estamos falando da intercessão. Interceder é colocar-se no lugar do outro e pleitear sua causa como se fora a nossa própria.

O próprio Jesus é o intercessor por excelência e há mais de dois mil anos, desde a sua gloriosa ascensão, coloca-se como intercessor dos irmãos, à direita do Pai – Rm 8.34; Hb 7.25. O Espírito Santo também é intercessor. Ele intercede na terra dentro de santuários humanos, redimidos pelo sangue do Cordeiro – Rm 8.26.

O que é efetivamente interceder?

  1. Como já foi dito é colocar-se diante de Deus em favor de outros.
  2. A intercessão é um nível de oração, que constitui um ministério outorgado por Deus e Ele lamenta quando não nos dispomos para cumprir seu chamado, neste sentido – Ez 22.30,31; aquele que sendo chamado não se dispuser, certamente pagará um alto preço. A intercessão visa também interferir e mudar as circunstâncias da vida de outros.
  3. Interceder é “tapar a brecha” = batalhar espiritualmente em favor de outros; note bem: Zc 2.5 afirma que o senhor se coloca como um muro de fogo ao redor de seus escolhidos (Jerusalém). O muro é a obediência do servo de Deus às suas ordenanças. Quando pecamos abrimos nesse muro uma brecha. Em Ec 10.8 revela o que está do lado de fora deste muro, ou seja, “...quem rompe um muro, uma cobra o morderá”. Que “cobra” é esta? O apóstolo Pedro nos revela em I Pe 5.8 que “o diabo vosso adversário anda em derredor, rugindo como leão, buscando alguém que possa tragar”. Qual a posição do adversário, então? Ele está do lado de fora do muro, à espreita, esperando a oportunidade de rompermos o muro para nos “morder”. A cobra referida em Eclesiastes é o demônio designado pelo diabo para nos atingir, uma vez que ele não é onipresente para estar ao derredor de todas as pessoas.
  4. Interceder é também estar em constante vigilância. Quem intercede precisa buscar sempre o revestimento de poder do alto para não sofrer retaliação.

Quem pode interceder?

1.       Aquele que foi levantado, comissionado e capacitado por Deus para tal – I Tm 2.1,2
  1. A todos os que crêem em Jesus Cristo e o receberam como Salvador e Senhor, foi dado o direito de entrar no Santo dos Santos (à presença de Deus). O sacrifício de Jesus nos confere este privilégio – Hb10.19-22; no entanto, para interceder, é necessário uma santa “compulsão” para rogar ao pai em favor daqueles que muitas vezes nem conhecemos.
  2. Ao intercessor é dado por Deus uma percepção espiritual, que não é dada à maioria das pessoas e essa é sem sombra de dúvida uma das características mais marcantes de quem tem o dom; às vezes quando tudo parece bem aos olhos de todos, o intercessor percebe que há algo errado e já se coloca como o profeta Habacuque, na “torre de vigia” em favor da situação ou pessoa – Hc 2.1
  3. Aquele que muda circunstâncias com as armas espirituais que Deus coloca à sua disposição: O nome de Jesus, o sangue de Jesus (fundamento de toda a autoridade), a Palavra de Deus, O Espírito Santo em nós, a armadura de Ef 6.10-18 e o exercício da fé, que é a vitória que vence o mundo – I Jo 5. 4
  4. Aquele que consegue firmar-se sobre os fundamentos que alicerçam a vida espiritual de todo obreiro, especialmente aquele que está diretamente envolvido com o ministério de intercessão. Fundamentos: Temor do senhor – Sl 111.10; Pv 9.10; Pv 1.7 – aqui não se trata de medo de Deus, mas de profunda reverência e consciência de Sua gloriosa presença, onde quer que possamos estar, não só dentro das quatro paredes da igreja visível; Vida no Altar – Rm 12.1 – aqui fala de entrega, de rendição, doação de si mesmo para Deus. Priorizá-Lo  acima de tudo e todos; se dispor para Ele, para que Ele nos use e faça conosco o que lhe apraz; ser sensível a voz do Espírito Santo que nos dá comandos de ação em cada área ou situação específica; Altar também é lugar de morte, de sacrifício e não fomos chamados para uma vida de facilidades. A própria Palavra de Deus diz que somos entregues a morte o dia todo Rm 8.36 – essa morte não é física, lógico, mas de cada área da nossa vida que tenta se sobrepor à vontade soberana de Deus: temperamentos, vícios, vontades, desejos, impulsos, prazeres, escolhas fora da vontade de Deus e inclinações; Ousadia no Espírito – II Tm 1.7; Lc 24.49 – aqui trata-se da intrepidez necessária a todo guerreiro na hora do combate; essa ousadia, é movida pelo amor de Deus, que gera em nós moderação (equilíbrio) e amor por aqueles por quem intercedemos, pois nos identificamos com seus sofrimentos.

Perigos relativos ao ministério de intercessão que devem ser evitados:

  1. Orgulho Espiritual – corremos o risco de ceder à vaidade, achando que somos “super espirituais”; Deus sempre nos escolhe apesar de nós, de nossas debilidades e fraquezas – Pv 16.18; Jó 40.11,12; Sl 119.7,8; Sl 131.1; II Co 10.17,18; Tg 4.6,10; I Pe 5.6; muitos querem público reconhecimento, mas este ministério é anônimo, pois a glória é totalmente de Deus.
  2. Perceber que há algo errado e tentar interferir na situação com o braço de carne (armas humanas); não é o braço de carne que muda as circunstâncias, mas a mão poderosa de Deus, através da “conspiração santa” com o Espírito de Deus, pela intercessão – II Co 10.3-5; devemos nos manter sempre cativos à obediência de Cristo;
  3. Depor armas depois de uma grande vitória. Esse erro tem levado muitos intercessores à derrotas esmagadoras. “Devemos ser tão vigilantes depois da vitória quanto antes da batalha”; Mt 26.41.
  4. Subestimar a capacidade do adversário; lembre-se sempre: ele não desiste nunca, muda de estratégia e usa as armas que nós colocamos à sua disposição, que são nossas fraquezas e inclinações; I Pe 5.8
  5. Falar e ministrar sobre o que nós não vivemos – quando nos atrevemos a fazer isto, somos envergonhados pelo nosso adversário.
  6. Engajar-nos no ministério de intercessão sem o aval das autoridades constituídas sobre nós, sejam elas seculares ou eclesiásticas – ex. mulheres que se engajam no ministério sem o consentimento do marido ou mesmo começar um ministério de intercessão autônomo, sem a cobertura da autoridade espiritual constituída sobre nós. Deus testa a nossa obediência a Ele, através das autoridades que Ele mesmo constitui sobre nós.
  7. Engajar-se no ministério com pecado não confessado; note bem, Intercessão e Batalha Espiritual caminham juntas, não podem ser dissociados; o intercessor está necessariamente ligado à Batalha Espiritual, que o leva a ministrar libertação e nesse combate não há território neutro. Ou estamos do lado do Senhor dos Exércitos ou do lado do adversário. É preciso estar com mas mãos limpas e o coração purificado, do contrário a retaliação é grande.
Por quem devemos Interceder?

  1. Por pessoas – At 4.29-31; At 13.4,5; Jo 17 (a oração sacerdotal de Jesus); Jó 42.8;
  2. Por situações – Gn 19.17-22; Gn 20.17; Êx 9.27-33; Tg 5.16-18;
  3. Por nações ou povos – Jr 29.7; Êx 32.30-33; Sl 122; I Sm 7.8; I Sm 12. 19-23;

Note Bem: Interceder é exercer um sacerdócio; O sacerdote representa o povo diante de Deus; O profeta representa Deus perante o povo.
Na Dispensação da graça o Israel de Deus (a Igreja), formado pelos judeus e gentios convertidos a Cristo, todos fazemos parte da Nação Santa, do povo de propriedade exclusiva de Deus, que exerce o sacerdócio real. Isto se consuma na intercessão, quando nos achegamos a Deus em favor de outros, sejam indivíduos ou nações.

Textos para serem lidos durante a semana:
Seg. Gn 18.22-33; Ter. Êx 32.11-14; Qua. Êx 32.30-33; Qui. Nm 11. 10-15; Sex. Nm 14.13-19; Sáb. Ef 1.15-23
                                                        
      Estudo Bíblico/Pra. Nadia Malta -  nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com

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